domingo, 27 de março de 2016

UFC - Da porradaria para o mundo!

Fala galera que tem fome de MMA, como prometi no fazer um post com mais detalhes da história do UFC, lá vai...


Após os triunfos de Royce Gracie, o UFC não teve vida fácil, o "esporte" era mal visto pela maioria das pessoas nos Estados Unidos, e a repulsa do senador John Mccain pelo vale tudo fazia com que os eventos só fossem realizados em Estados onde não haviam comissões atléticas, além disso, as próprias propagandas e slogans do UFC como: "Dois homens entram no cage, apenas um sai", faziam com que cada vez menos pay per view fosse vendido e que os lutadores fossem lutar no Japão, onde eram mais admirados e recebiam melhor. E o motivo para tal repulsa era claro: O UFC não era uma organização esportiva, e sim um espetáculo onde homens que em sua maioria não eram atletas saiam na porrada, de modo que a ausência de regras colocava a segurança dos "lutadores" em risco, e apesar de com o passar dos anos regras fossem surgindo e categorias de peso também, a reputação do UFC permanecia, a situação tava tão complicada que em 2001, à beira da falência, o evento foi vendido para os irmãos Fertitta e Dana White por 2 milhões de dólares.

 Após comprarem o evento, a missão era óbvia: mudar a reputação que o agora esporte MMA tinha, para isso o marketing foi usado para que lutadores como Tito Ortiz, Randy Couture e Chuck Liddell se tornassem estrelas, porém, mesmo com a total mudança e a transformação do vale tudo em MMA, a reputação do UFC permanecia, e até a primeira metade dos anos 2000, os Fertitta pensavam seriamente em vender a organização novamente, mas isso mudou em 2005, com o surgimento do The Ultimate Fighter.

A ideia era a seguinte: Criar um reality show onde lutadores iriam se enfrentar num tipo de mata-mata e o vencedor receberia o título de The Ultimate Fighter, e ganharia um contrato com o UFC, segundo o próprio Dana White aqueles eram definitivamente "os últimos 10 milhões de dólares que os Fertitta estavam dispostos a investir no esporte". O programa permitiu que as pessoas vissem que os lutadores eram pessoas comuns e não bárbaros, o que ajudou muito a diminuir a reputação que o esporte tinha. O TUF então teve uma ótima audiência, graças a personalidade de alguns lutadores, como Chris Leben, Diego Sanchez, Forrest Griffim e Josh Koscheck, mas o que realmente salvou o UFC foi a grande final do TUF entre Forrest Griffim e Stephan Bonnar, que fez com que os eventos agora passassem a ter números altíssimos de pay per view, e que possibilitou novas temporadas do reality, que existe até hoje em vários países, inclusive o Brasil.

Dois anos depois do TUF, o UFC passou a dominar o mercado mundial após comprar o PRIDE, considerado o maior evento de MMA do mundo, e a contratar seus lutadores. A chegada de nomes como Rodrigo Minotauro, Maurício Shogun e Wanderlei Silva aumentou ainda mais a popularidade do UFC e desde então a organização permanece soberano no cenário das lutas.

A transformação de nomes como Georges St Pierre, Ronda Rousey e é claro, Anderson Silva em verdadeiros astros do esporte fez com que aquele esporte que décadas atrás era visto como desumano, hoje seja visto como uma paixão mundial, tendo eventos em arenas com mais de 40 mil pessoas e jovens que desejam ser lutadores profissionais, o que é impossível de se imaginar quando você olha aquelas lutas em arenas com mil pessoas nos anos 90, e talvez o mais legal de tudo isso, é que graças não só aos irmãos Fertitta, mas também a vários membros da família Gracie como Rorion, Rickson, Royce e Carlson, as artes marciais evoluíram mais nos últimos 22 anos que nos 1000 anos anteriores.



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